Prevalência de aleitamento materno exclusivo e fatores associados em menores de um ano

Abstract

com crianças menores de um ano, cadastradas em Unidades Básicas de Saúde do município de Guarapuava-PR. A coleta dos dados foi realizada com as mães das crianças nos meses de agosto a novembro de 2018. A coleta dos dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado com questões direcionadas a mãe e a gestação e, também, ao bebê. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0, Foram realizadas análises descritivas com a apresentação das frequências absolutas e relativas. Para verificar as associações entre as variáveis estudadas foi utilizado o teste qui-quadrado e adotado o nível de significância de 5%. Participaram da pesquisa 131 mães, das quais 77,1% tinham entre 20 e 34 anos, 42,7% haviam completado o ensino médio, 84,0% residiam com o companheiro, e 67,2% não possuíam trabalho remunerado. Em relação à gestação 65,7% eram multíparas, 86,3% realizaram o pré-natal na rede pública de saúde, e 41,2% referiram não ter recebido orientações sobre amamentação e aleitamento materno neste período. Entre os bebês, 67% tinha idade inferior a seis meses, das crianças com idade igual ou superior a 6 meses, apenas 10,7% estavam em AME. A prevalência de aleitamento materno em menores de um ano foi de 38,2%. Na análise de associação, as variáveis maternas, menor escolaridade e maior tempo gasto nas redes sociais apresentaram valor significativo para a menor ocorrência do AME em menores de um ano (p<0,05). As variáveis relacionadas à criança que apresentaram distribuição significativa com a menor ocorrência de AME foram possuir maior idade (p=0,00) e a introdução de bicos artificiais (p=0,01). Além disso, foi maior a ocorrência de patologias em crianças que não estavam em AME (p=0,00). O presente estudo possibilitou analisar os fatores relacionados a pratica da amamentação e destaca a necessidade de se intensificar as orientações relacionadas ao aleitamento materno durante o pré-natal, além de considerar novas variáveis no contexto como o tempo em rede social que pode estar prejudicando a oferta e manutenção do AME, tão necessário para o desenvolvimento infantil.