Prática do enfermeiro na atenção psicossocial vulnerabilidades e situação de rua: revisão integrativa da literatura

Abstract

As pessoas que estão em situação de rua sofrem preconceito e estigmatização devido a sua vulnerabilidade. Estudos demonstram que os direitos básicos muitas vezes são negados a esses indivíduos, que têm as suas vozes silenciadas e seu protagonismo inviabilizado quando se trata de formulação de políticas públicas que os envolvem de forma direta. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de artigos publicados no período de 2015 a 2020, disponíveis na íntegra nas bases de dados Scientific electronic Library Online (SCIELO), literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Banco de dados de Enfermagem (BDENF). Para as buscas utilizou-se a combinação dos descritores saúde mental, drogas, situação de rua, vulnerabilidades. Foram selecionados 11 artigos e 2 livros, após leitura minuciosa foram elencadas as seguintes categorias: Estigmas, rótulos e vulnerabilidade das pessoas em situação de rua, Percepção e conduta das unidades básicas e consultórios de rua diante ao atendimento dos usuários do serviço, Atendimento especializado em centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas, Atuação do enfermeiro ao atendimento psicossocial a população de rua. O objetivo desse trabalho é pontuar acerca da caracterização do indivíduo em situação de rua e as dificuldades encontradas por eles para ter acesso aos serviços de saúde e sobre as divisões dos serviços de saúde disponíveis e por fim, o papel do enfermeiro no enfrentamento dessas vulnerabilidades. Os resultados mostram que a estigmatização e o preconceito são ainda maiores quando se trata de pessoas em situação de rua que fazem uso de substâncias psicoativas. Desse modo percebemos a importância em ouvi-las para que tenham vez e voz elevando sua autoestima e dignidade para que possam ter acesso ao conhecimento de seus direitos a saúde. Conclui-se que a população em situação de rua sofre estigmas, preconceitos, julgamentos gerando barreiras em seu atendimento em saúde e que os profissionais de saúde que atuam em unidades básicas estão despreparados para prestar estes atendimentos devido à falta de capacitações adequadas.