O impacto da mastectomia na autoestima e na sexualidade de mulheres submetidas a tratamento oncológico – estudo transversal

Abstract

Contextualização: O câncer de mama estarrece mulheres devido ao seu acometimento físico e psicológico. Um dos tratamentos é a mastectomia, retirando parcial ou totalmente a mama e órgãos adjacentes se necessário. Inúmeras mulheres relatam ter disfunções sexuais e de autoestima devido a alteração corporal. Existem dúvidas se essas mulheres possuíam esses transtornos antes do tratamento ou se adquiriram depois. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o impacto de procedimentos cirúrgicos na autoestima e na sexualidade de mulheres submetidas a tratamento oncológico. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal de natureza quantitativa e de cunho exploratório descritivo, realizado com 17 mulheres, recrutadas pelas redes sociais, idade média de 43,8 anos. Realizado pela plataforma Google Forms, mediante três questionários: questionário de caracterização da amostra, FSFI e Escala de Autoestima de Rosenberg. Foram divididas em dois grupos: Grupo Mastectomia e Grupo Quadractectomia. Resultados: Observou-se com o FSFI que 41% não apresentavam disfunção sexual enquanto 59% apresentavam. Rosenberg exibiu que 6% das participantes obtiveram score satisfatório, 82% médio e 12% insatisfatório. Para análise dos dados os grupos foram subdivididos: Grupo Mastectomia Com Disfunção e Sem Disfunção e Grupo Quadrantectomia Com Disfunção e Sem Disfunção. O Grupo Mastectomia com Disfunção Sexual teve resultado maior comparando com demais grupos, apresentando maior disfunção sexual e de autoestima, sendo mais radical a cirurgia, pior a condição da paciente. Conclusão: Portanto, este estudo é relevante, evidenciaque o tipo de cirurgia tem relação com a disfunção sexual e de autoestima, abrindo portas a novos tratamentos e pesquisas.