Uso do laser de baixa potência na prevenção e tratamento da mucosite oral em pacientes oncológicos

Abstract

Os tratamentos oncológicos de quimioterapia e radioterapia em cabeça e pescoço possuem ação sobre células tumorais, porém também geram danos em células normais, como as encontradas na mucosa bucal, interferindo em sua capacidade de renovação e podendo causar complicações como a mucosite oral. Definida como uma inflamação que varia desde eritema localizado até ulceração intensa e dolorosa que ocasiona dificuldade de higiene bucal, fala, alimentação e deglutição. As ulcerações por exporem tecido conjuntivo associadas a fases de imunossupressão do paciente predispõem o mesmo a infecções secundárias locais e sistêmicas, capazes de afetar ou até mesmo interromper o curso da terapia antineoplásica, interferindo no prognóstico da doença e sobrevida do paciente. Existem algumas formas de tratamento disponíveis para o alívio da dor e prevenção de infecções causadas pela mucosite oral, tais como, higiene bucal, crioterapia, bochechos com gluconato de clorexidina, analgésicos e anti-inflamatórios. Entretanto, essas formas de tratamento não agem de modo direto nos mecanismos biológicos compreendidos em cada etapa da lesão, desta maneira, estudos mostram que o laser de baixa potência é uma opção promissora, pois além de ser um método não invasivo, atua penetrando nos tecidos moles, exercendo ação analgésica, modulando a inflamação e também promovendo menor tempo cicatricial das lesões. O objetivo desta revisão de literatura é avaliar a efetividade do laser de baixa potência na prevenção e tratamento de pacientes oncológicos que apresentam risco para desenvolver mucosite oral e evidenciar a importância da participação do cirurgião-dentista na equipe multiprofissional de assistência oncológica.